Júpiter é o maior planeta do Sistema Solar, tanto em
diâmetro quanto em massa e o quinto mais próximo do Sol. Possui menos de um
milésimo da massa solar, mas 2,5 vezes a massa de todos os outros planetas em
conjunto. É um planeta gasoso junto com Saturno, Urano e Neptuno. Estes quatro
planetas são por vezes chamados de planetas jupiterianos ou planetas jovianos.
Júpiter é um dos quatro gigantes gasosos, isto é, não é composto primariamente
de matéria sólida.
Júpiter é composto principalmente de hidrogênio e hélio. O
planeta também pode possuir um núcleo composto por elementos mais pesados. Por
causa de sua rotação rápida, de cerca de dez horas, ele possui o formato de uma
esfera oblata. Sua atmosfera é dividida em diversas faixas, em várias
latitudes, resultando em turbulência e tempestades onde as faixas se encontram.
Uma dessas tempestades é a Grande Mancha Vermelha, uma das características
visíveis de Júpiter mais conhecidas e proeminentes, cuja existência data do
século XVII, com ventos de até 500
km/h e possuindo um diâmetro transversal duas vezes
maior do que a Terra.
Júpiter é observável a olho nu, com uma magnitude aparente
máxima de -2,8, sendo no geral o quarto objeto mais brilhante no céu, depois do
Sol, da Lua e de Vênus.[14] Por vezes, Marte aparenta ser mais brilhante do que
Júpiter. O planeta era conhecido por astrônomos de tempos antigos e era
associado com as crenças mitológicas e religiosas de várias culturas. Os
romanos nomearam o planeta de Júpiter, um deus de sua mitologia.
Júpiter possui um tênue sistema de anéis, e uma poderosa
magnetosfera. Possui ao menos 64 satélites, dos quais se destacam os quatro
descobertos por Galileu Galilei em 1610: Ganímedes, o maior do Sistema Solar,
Calisto, Io e Europa,[16] os três primeiros são mais massivos que a Lua e o
primeiro, tem um diâmetro maior que o do planeta Mercúrio.
Em tempos modernos, várias sondas espaciais visitaram
Júpiter, todas elas de origem estado-unidense. A Pioneer 10 passou por Júpiter
em Dezembro de 1973, seguida pela Pioneer 11, cerca de um ano depois. A Voyager
1 passou em março de 1979, seguida pela Voyager 2 em Julho do mesmo ano. A
Galileu entrou em órbita de Júpiter em 1995, enviando uma sonda através da
atmosfera de Júpiter no mesmo ano e conduzindo múltiplas aproximações com os
satélites galileanos até 2003.
A sonda Galileu também presenciou o impacto do cometa
Shoemaker-Levy 9 em Júpiter em 1994, possibilitando a observação direta deste
evento. Outras missões incluem Ulysses, Cassini-Huygens, e New Horizons, que
utilizaram o planeta para aumentar sua velocidade e ajustar sua direção aos
seus respectivos objetivos. Um futuro alvo de exploração é Europa, satélite que
potencialmente possui um oceano líquido.
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