Neptuno (português europeu) ou Netuno (português brasileiro)
(AO 1990: Neptuno ou Netuno) é o oitavo planeta do Sistema Solar, e o último,
em ordem de afastamento a partir do Sol, desde a reclassificação de Plutão para
a categoria de planeta-anão, em 2006, que era o último dos planetas. É, tal
como a Terra, conhecido como o "Planeta Azul", mas não devido à presença
de água. Neptuno recebeu o nome do deus romano dos mares. É o quarto maior
planeta em diâmetro, e o terceiro maior em massa. Neptuno tem
17 vezes a massa da Terra e é ligeiramente mais maciço do que Urano, que tem
cerca de 15 vezes a massa da Terra e é menos denso O seu símbolo astronômico é
Símbolo astronómico para Neptuno., uma versão estilizada do tridente do deus
Neptuno.
Descoberto em 23 de Setembro de 1846, Neptuno foi o primeiro
planeta encontrado por uma previsão matemática, em vez de uma observação
empírica. Inesperadas mudanças na órbita de Úrano levaram os astrónomos a
deduzir que sua órbita estava sujeita a perturbação gravitacional por um
planeta desconhecido. Subsequentemente, Neptuno foi encontrado, a um grau da
posição prevista. A sua maior lua, Tritão, foi descoberta pouco tempo depois,
mas nenhuma das outras 12 luas do planeta foram descobertas antes do século XX.
Neptuno foi visitado por uma única sonda espacial, Voyager 2, que voou pelo
planeta em 25 de Agosto de 1989.
A composição de Neptuno é semelhante à composição de Úrano,
e ambos têm composições diferentes das dos maiores gigantes gasosos Júpiter e
Saturno. A atmosfera de Neptuno, apesar de ser semelhante à de Júpiter e de
Saturno por ser composta basicamente de hidrogénio e hélio, juntamente com os
habituais vestígios de hidrocarbonetos e, possivelmente, nitrogénio, contém uma
percentagem mais elevada de "gelos", tais como água, amónia e metano.
Como tal, os astrónomos por vezes colocam-nos numa categoria separada, os
"gigantes de gelo". Em contraste, o interior de Neptuno é composto
principalmente de gelo e rochas, como o de Úrano. Existem traços de metano nas
regiões ultra-periféricas que contribuem, em parte, para a aparência azul do
planeta.
Em oposição à relativamente monótona atmosfera de Úrano, a
atmosfera de Neptuno é notável pelos seus padrões climáticos activos e
visíveis. Neptuno tem os ventos mais fortes de qualquer planeta no sistema
solar, que podem chegar a atingir os 2100 quilómetros por hora. Na altura do
voo da Voyager 2, por exemplo, o seu hemisfério sul possuía uma Grande Mancha
Escura, comparável à Grande Mancha Vermelha de Júpiter. A temperatura na alta
atmosfera é geralmente próxima de -218 °C (55,1 K), um dos mais frios do sistema
solar, devido à sua grande distância do sol. A temperatura no centro da Neptuno
é de cerca de 7000 °C
(7270 K), o que é comparável à da superfície do Sol e semelhante à
encontrada no centro da maioria dos outros planetas do sistema solar. Neptuno
tem um pequeno e fragmentado sistema de anéis, que pode ter sido detectado
durante a década de 1960, mas só foi confirmado indiscutivelmente pela Voyager
2.
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