Washington, 10 nov (EFE).- O telescópio espacial Hubble descobriu
através de seus instrumentos de visão no infravermelho próximo um
conjunto de 69 jovens galáxias anãs repletas de estrelas que se
reproduzem rapidamente, informou a Nasa (agência espacial americana)
nesta quinta-feira, em comunicado.
Embora as galáxias anãs sejam o
tipo mais comum das que existem no universo, o rápido nascimento de
estrelas observados nessas galáxias recém-descobertas pode levar os
astrônomos a rever suas teorias sobre a formação delas.
A agência
espacial explicou que essas galáxias são, em média, 100 vezes menos
maciças que a Via Láctea, mas as estrelas em seu interior se batem a um
ritmo tão forte que o número delas poderia dobrar em 'apenas' 10 milhões
de anos.
Os cientistas afirmam que este é um ritmo muito alto,
inclusive para uma galáxia jovem, já que, em comparação, a Via Láctea
poderia demorar mil vezes mais para dobrar seu número de estrelas.
Os
astrônomos que utilizam os instrumentos do Hubble conseguiram detectar
as galáxias porque a radiação de estrelas jovens fez com que o oxigênio
no gás que as rodeia brilhasse 'como um letreiro de neon'.
Suas
observações indicam que 9 bilhões de anos atrás essas galáxias seriam
muito comuns, mas, para os cientistas, é um mistério como geram tantas
estrelas e a um ritmo tão acelerado.
'Essas galáxias sempre
estiveram aí diante, mas não tínhamos a tecnologia adequada para
detectá-las', assinalou Arjen van der Wel, do Instituto de Astronomia
Max Planck em Heidelberg (Alemanha). 'Não as estávamos procurando, mas
elas se destacavam por sua cor incomum'.
Esses resultados fazem
parte da Cosmic Assembly Near-infrared Deep Extragalactic Legacy Survey
(Candels), um projeto de três anos focado em analisar as galáxias mais
distantes no Universo e de fazer o primeiro 'censo' de galáxias anãs
primitivas.
O telescópio Hubble, lançado em 1990, é um projeto de
cooperação internacional entre a Nasa e a Agência Espacial Europeia
(ESA). EFE
FONTE DA REPORTAGEM: Veja
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